IDENTI Monte Castro; Castro Máximo
IMAGEM
DESCRI Povoado fortificado
CRONO Proto-História
LUGAR Monte Castro; Castro Máximo
FREGUE Real
CONCEL Braga
CODADM 030337
LATITU 510,9
LONGIT 175,9
ALTITU 198m
ACESSO
QUADRO O Monte Castro localiza-se na periferia da área urbana de Braga, constituindo um dos pontos mais elevados da cidade. Encontra-se virado ao vale do rio Cávado e domina a vasta e fértil planície que se espraia pelas duas margens do rio. A configuração do monte é actualmente bastante irregular devido à enorme pedreira aí existente, que destruiu completamente a vertente Sul e ainda boa parte das encostas norte e oeste. Apenas a vertente este mantem ainda o seu perfil original, de pendor suave.
TRAARQ Tratando-se de um sítio bastante referido na bibliografia, nunca foi objecto de escavações sistemáticas, mas apenas de sondagens esporádicas. Destas, destacam-se duas, realizadas em 1977 e 1978 pela Unidade de Arqueologia da Universidade do Minho.
DESARQ O Castro Máximo aparece citado pela primeira vez em documentos medievais (COSTA 1965, 35), sendo referido, também, por Contador de Argote (1744, 299). Entre os séculos XIX e XX encontramos inúmeras alusões a achados ocorridos no povoado (FREITAS 1890, 320; BELINO 1909, 5). Carlos Teixeira descreve-o com certa minúcia (1936=1955-56) afirmando a existência de fossos, no lado virado à cidade, admitindo ainda que ele teria duas linhas de muralhas, embora, nessa altura, fosse já difícil seguir-lhes o traçado. Este autor alude, também, ao aparecimento de vestígios de habitações circulares, em pedra, e considera, finalmente, com base nos achados cerâmicos e metálicos encontrados, que o povoado não foi romanizado. Em 1977 e 1978 a Unidade de Arquelogia da Universidade do Minho realizou duas sondagens na estação, a última das quais viria a ser sumariamente noticiada (CASTRO et alii 1980, 37-51). Mau grado as inúmeras referências ao povoado, e apesar dos múltiplos achados e, até, das sondagens realizadas, é díficil precisar a cronologia da ocupação deste sítio e vislumbrar a sua organização defensiva, ou mesmo considerar com rigor a época do seu abandono. O material cerâmico conhecido da estação permite admitir, contudo, uma intensa ocupação entre meados do século I a.C. e meados do século I da nossa era, altura em que provavelmente deverá ter sido abandonado. No entanto, os raros vestígios de louça romana, nomeadamente fragmentos de ânforas e a presença de moedas, levam a admitir a possível coexistência do povoado com a primitiva ocupação romana do sítio da Cividade.
INTERP Povoado fortificado proto-histórico.
DEPOSI Museu D. Diogo de Sousa, Braga; Museu Pio XII, Braga e Museu da Sociedade Martins Sarmento, Guimarães.
INTERE
BIBLIO
COSTA, A. J. (1965). Liber Fidei Sanctae Bracarensis Ecclisiae, 1, Braga, pp. 35.
FREITAS, B. S. (1890). Memórias de Braga, 1, Braga., pp.320.
BELINO, A. (1909). Cidades Mortas, Arqueólogo Português, 14, pp. 5.
TEIXEIRA, C. (1936= 1955-56). Subsídios para o estudo da arqueologia bracarense - I. O Monte do Castro ( Castrum Maximum), Anais da Faculdade de Ciências do Porto, Porto, 21 (4), pp. 231-254; 1955-56, Bracara Augusta, 6-7, 1-9, (31-34), pp. 17-38.
MARTINS, M. (1990).O Povoamento Proto-Histórico e a Romanização da Bacia do Curso Médio do Cávado, Cadernos de Arqueologia - Monografias, 5, Universidade do Minho, Braga , pp.86-87.
AUTOR Manuela Martins
DATA 04-Fev-1998
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