IDENTI Fiães

IMAGEM

DESCRI Igreja

CRONO Idade Média

LUGAR Fiães

FREGUE Fiães

CONCEL Melgaço

CODADM 160307

LATITU 570,3

LONGIT 193,3

ALTITU 700m

ACESSO Na periferia da aldeia de Fiães, pela estrada municipal que liga directamente à sede do concelho (passa frente à igreja)

QUADRO

TRAARQ

DESARQ A actual igreja paroquial de Fiães era o templo do antigo mosteiro de Fiães, cuja origem se desconhece mas que se sabe ter adoptado a regra cisterciense em finais do século XII, distinguindo-se nos séculos seguintes pela sua influência e riqueza, como um dos estabelecimentos monásticos mais ricos do reino cujo abade era simultaneamente um alto e influente dignatário da coroa. No século XVI, contudo, estava já arruinado. Apesar de reformado, nunca mais atingiu o esplendor anterior, vindo a ser oficialmente extinto em 1834. Do século XIII deverá datar a edificação românica da igreja, edifício do qual, apesar das reconstruções e ampliações posteriores, em que sobressai a remodelação setecentista da fachada, se conservou a volumetria global, toda a cabeceira e a parede meridional da nave. Do conjunto destaca-se o desenho contido e a cércea baixa da cabeceira tripartida de capelas quadrangulares, de abóbada apontada, repetindo aqui o característico modelo cisterciense, bem como os pouco luminosos vãos dos portais e frestas da fachada Sul. Na decoração arquitectónica releva, adentro da característica austeridade, o entabelamento exterior da capela colateral Norte, com cornija sobre arcaturas apoiadas em modilhões "em proa". Refira-se ainda, abandonada no exterior, a tampa de sepultura medieval decorada com uma cruz florenciada, cujo pé longo separa duas regras de uma epígrafe relativa ao epitáfio de um Martinus Iohanis, natural de Cavaleiros e falecido em 1 de Junho de 1316.

INTERP Igreja de fundação medieval: sèc. XIII.

DEPOSI

INTERE Trata-se de um monumento de inegável significado histórico regional, classificado como M.N. Dec. De 16-6-1910 e 129/77 de 29-9) e de razoável valor científico e patrimonial, fundamental não só para o estudo da difusão das arquitectura e decoração românicas, como para o conhecimento da organização e evolução do povoamento medieval nesta franja fronteiriça portuguesa.

BIBLIO

ALMEIDA, C.A.F (1968) Vias Medievais de Entre Douro e Minho, Dissertação de Licenciatura em História (policopiada), Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Porto, 1968.

ALMEIDA, C.A.F (1978a) Arquitectura Românica de Entre Douro e Minho, Tese de Doutoramento (policopiada), Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Porto, 1978.

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BARROCA, M.J.1987 Necrópoles e Sepulturas Medievais de Entre-Douro-E-Minho (séculos v a XV), Provas de Aptidão Pedagógica e Capacidade Científica, (policopiado), Faculdade de Letras da Universidade do Porto, Porto,1987.

AUTOR Luís Fontes

DATA 04-FEV-1998