IDENTI Monte do Padrão; Monte Córdova

IMAGEM

DESCRI Povoada fortificado

CRONO Proto-História / Romanização

LUGAR Monte do Padrão

FREGUE Monte Córdova

CONCEL Santo Tirso

CODADM 131413

LATITU 482,7

LONGIT 173,5

ALTITU 413m

ACESSO Poucos quilómetros a SE de Santo Tirso. A partir do Monte Córdova pela E. M. 558.

QUADRO O Monte do Padrão insere-se no maciço montanhoso conhecido pelo nome de Monte Córdova, correspondendo a um dos relevos mais significativos da sua franja oeste, que desce sob o largo e fértil vale do Ave. Ocupa uma posição topográfica de destaque na região. O topo do monte é largo e razoavelmente extenso. Os lados oeste, norte e sul possuem vertentes com pendor acentuado que descem para o vale. A vertente este é mais suave ligando-se a uma zona interior do maciço montanhoso, com características semi-planálticas.

TRAARQ O povoado foi escavado nos anos 50 por Carlos Faya Santarém (1951, 49-66; 1955, 397-429) e, em 1984, por Manuela Martins, no âmbito de uma colaboração da U. A. U. M. com a Câmara Municipal de Santo Tirso e o ex-SRAZN, (Serviço Regional de Arqueologia da Zona Norte).

DESARQ Grande povoado, com uma ocupação prolongada no tempo, o castro do Monte Padrão constitui um dos ex-libris do concelho de Santo Tirso. Os vestígios arqueológicos mais monumentais localizam-se na parte mais alta do monte, caracterizada por uma larga e extensa plataforma, limitada pela curva de nível dos 400m. Tais vestígios, postos a descoberto nos anos 50, caracterizam-se por dois grandes edifícios de traça romana que ocupam a parte central da plataforma. Um deles, de planta quadrada, corresponde a uma habitação com vários compartimentos que se desenvolvem em torno de um átrio central lajeado. Anexo a este corpo principal do edifício encontra-se um pequeno conjunto, de planta irregular, eventualmente correspondente a uma área de serviços. O outro edifício principal tem planta rectangular, podendo, pela sua configuração, ter sido usado com uma função agro-pastoril, ou seja, como área de armazenamento e para guardar animais. O espólio procedente das escavações destas estruturas indicam uma ocupação prolongada dos dois edifícios entre os sécs. I e IV. De uma época anterior, correspondente à Idade do Ferro tardia, num momento já perto da romanização, será a única casa circular existente no tabuleiro superior e a muralha que o limita. As quatro sondagens arqueológicas, realizadas em 1984, permitiram identificar um momento mais antigo da vida do povoado, correspondente ao Bronze Final, ou seja, aos inícios do Iº milénio a.C.. Os vestígios deste período, identificados entre o muro leste da casa e a muralha, resumem-se, para já, à cerâmica, que regista uma grande diversidade de influências culturais.

INTERP Povoado fortificado romanizado.

DEPOSI Museu Abade Pedrosa, Santo Tirso.

INTERE Trata-se de um sítio de indiscutível interesse histórico e cultural

BIBLIO

SANTARÉM, C. Faya (1951) O castro do Monte Padrão, O Concelho de Santo Tirso - Boletim Cultural, 1, nº 1, Porto, pp. 49-66.

SANTARÉM, C. Faya (1955) O castro do Monte Padrão. Campanhas de 1952-53-54, O Concelho de Santo Tirso - Boletim Cultural, 3, nº4, Porto, pp. 397-429.

MARTINS, M. (1985). Sondagens arqueológicas no castro do Monte Padrão em Santo Tirso, Cadernos de Arqueologia, Série II, 2, Braga, pp. 217-230.

AUTOR Manuela Martins

DATA 04-FEV-1998

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