IDENTI Granjinha

IMAGEM

DESCRI Capela; villa romana

CRONO Romanização / Idade Média

LUGAR Granjinha

FREGUE Granjinha

CONCEL Chaves

CODADM

LATITU 529,1

LONGIT 253,4

ALTITU 410m

ACESSO Faz-se pela estrada municipal que parte de Chaves.

QUADRO O sítio da Granjinha situa-se numa sequência de relevos que descem para o Tâmega, a SO de Chaves, na margem direita do rio, inserindo-se já na chamada Veiga de Chaves.

TRAARQ Escavações realizadas em 1986 por A. R. Colmenero, e em 1986/87, por Francisco Sande Lemos (U. A. U. M.)

DESARQ O sítio da Granjinha situa-se no eixo viário da estrada romana Bracara Augusta (Braga) e Acquae Flaviae (Chaves), numa zona de alta potencialidade agrícola. No perímetro da pequena aldeia foram encontrados, em diversas ocasiões, numerosos vestígios arqueológicos, bases e fustes de coluna, bocados de mosaico, inscrições, peças de bronze, uma estátua de mármore e cerâmica, achados que apontavam para a existência de uma villa romana no local. Em 1986, quando se realizaram obras de restauro na igreja, classificada como M.N., descobriu-se mais uma araromana, a servir de antiga mesa do altar. Na mesma altura foram realizadas escavações na loja de uma casa anexa à igreja que permitiram pôr a descoberto alguns muros de excelente aparelho romano. Em finais de 1986 e inícios de 1987 foram realizadas novas escavações no interior da capela, prévias aos trabalhos de restauro da mesma, dirigidas por Francisco Sande Lemos. Estas escavações permitiram constatar que o sítio teria conhecido uma ocupação da Idade do Ferro anterior à instalação da villa romana, da qual foi identificado um pavimento de opus signinum . Verificou-se, também, que o local conheceu uma ocupação entre a Alta e a Baixa Idade Média, testemunhada por cerâmicas e sepulturas, estas últimas, do período tardo-medievo. Trata-se, por conseguinte, de um sítio com uma interessante sequência de ocupação entre a Idade do Ferro e a actualidade. Entre os vários achados arqueológicos do sítio destacam-se as três aras votivas; uma dedicada às Ninfas, outra aos Lares Tarmucenbeacis Graveis (Encarnação 1975, 217-218) e a descoberta, em 1986, dedicada aos deuses tutelares de Acquae Flaviae por M. Ulpius Vaturninus (Encarnação 1990, pp. 454-455).

INTERP Villa Romana.

DEPOSI Museu D. Diogo de Sousa,(cerâmica).

INTERE

BIBLIO

ENCARNAÇÃO, J. D`(1975). Divindades indígenas sob o domínio romano em Portugal, Imprensa Nacional - Casa da Moeda, Lisboa.

ENCARNAÇÃO, J. D`(1990). O domínio romano, in Portugal das origens à romanização, J. de Alarcão (coord), Nova História.

LEMOS, F. S. (1988). Sondagens na Capela da Granjinha, Chaves (1986/1987), Cadernos de Arqueologia, Série II, 5, Braga, pp. 163- 171.

AUTOR Manuela Martins

DATA 04-FEV-1998

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